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Um trem estava parado na estação quando outro, que vinha de Jaboatão dos Guararapes, bateu no veículo. O relato dos passageiros é de que, com a colisão, pessoas caíram por cima
das outras, as luzes se apagaram e havia muito sangue nos vagões. Muitos usuários ficaram nervosos e chegaram a desmaiar.
O laudo técnico para saber o que ocasionou o acidente sairá em 15 dias, de acordo com o perito criminal do Instituto de Criminalística Haroldo Azevedo. O especialista conta que ainda não há suspeita sobre o que ocasionou o acidente.
Vítimas
A única identificação de vítima divulgada foi Michele Marconi de Lima, de 40 anos. Ela foi levada para o Hospital da Restauração, no Centro do Recife, mas tem seu estado de saúde desconhecido.
Segundo o Corpo de Bombeiros, nenhuma vítima apresenta risco de morte até o momento e todas já foram retiradas da plataforma do metrô e levadas até hospitais da cidade. Todas serão submetidas a exames de imagem, para avaliar possíveis lesões.
"Eu estava no último vagão vindo de Jaboatão e ia descer em Joana Bezerra, porque trabalho em Paulista. Minha sorte foi que eu estava sentada, o que é raro, e quando foi se aproximando da estação houve o impacto. Todo mundo caiu no chão, quem estava em pé não conseguiu se equilibrar. Ainda ajudei algumas pessoas a se levantar. Quando conseguimos descer do metrô, foi quando vimos a situação. O primeiro vagão de Jaboatão com o primeiro de Camaragibe, que estava parado, foi onde teve o maior estrago", contou a professora Joseana de Oliveira, de 51 anos, que usa metrô todos os dias.
"Foi muito rápido, quando vimos foi aquela colisão, gente caindo por cima dos outros, tudo apagou e parte do material do teto caiu. Parecia que o trem estava saindo dos trilhos. O pessoal começou a ficar nervoso, teve gente que desmaiou dentro do metrô. Quando saímos tinha muito sangue espalhado pelos vagões e gente deitada na plataforma. Foi um pânico geral", disse Fabiana, passageira de um dos trens que vinha de Jaboatão dos Guararapes.
CBTU
Salvino Gomes, assessor de imprensa da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), disse que em 35 anos nunca aconteceu algo desta magnitude e que uma sindicância será aberta para apurar o que ocasionou o acidente.
Reforço nos ônibus
Por causa da colisão entre dois trens do metrô do Recife, na manhã desta terça-feira (18) na estação Ipiranga, que integra a linha Centro, o Grande Recife Consórcio de Transporte montou um plano para auxiliar os usuários do metrô, que precisam do modal para se deslocar pela Região Metropolitana do Recife (RMR). Com a medida, diversas linhas de ônibus receberam reforço.
Segundo o Consórcio, as linhas de BRT TI Camaragibe (Conde da Boa Vista), TI CDU/TI Joana Bezerra foram reforçadas para atender a população afetada pelo problema no metrô. Além
destas, a linha TI Camaragibe/ Derby fará viagens alternadas para o Terminal Integrado Joana Bezerra, na área central da capital pernambucana.
Ainda de acordo com o Grande Recife, as linhas convencionais Barro/Macaxeira (Várzea) e Barro/Macaxeira (BR-101) também foram reforçadas na manhã desta terça-feira (18). Com estas linhas, os usuários poderão ter acesso à linha TI Camaragibe/TI Macaxeira.
Com o problema desta manhã na linha Centro do metrô do Recife, a linha especial TI TIP/TI Camaragibe será ativada e as linhas TI TIP (Conde da Boa Vista) e TI TIP (Derby) serão reforçadas.
Saindo de Jaboatão
Quem usa a Linha Centro do metrô, com origem na cidade de Jaboatão, pode contar com o reforço da linha Jaboatão (Parador), indo para o Centro do Recife. Foram ativadas as linhas
especiais que fazem a ligação entre os terminais de Joana Bezerra/Afogados/Barro e Barro/Jaboatão.
Aumento de passagem
O metrô do Recife vem passando por reajustes escalonados desde 2019. O penúltimo aumento escalonado na passagem do metrô do Recife aconteceu no dia 5 de janeiro. Os usuários
agora desembolsam R$ 3,70 para acessar as plataformas. O último reajuste ocorrerá no dia 7 de março deste ano, quando o bilhete terá o valor de R$ 4,00. Os sucessivos aumentos
acontecem desde maio de 2019.
Em maio, a passagem, que custava R$ 1,60, passou para R$ 2,10. O segundo reajuste ocorreu em julho, e o valor foi para R$ 2,60. Em setembro, mais um aumento e o bilhete chegou a R$ 3. Já em novembro, chegou a R$ 3,40. O reajuste gradativo da tarifa foi autorizado pela juíza Maria Edna Fagundes Veloso, titular da 15ª Vara Federal Cível.
Fonte: Correio 24 horas
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