Marta afirma que a peça orçamentária seguiu a tendência da Prefeitura dos últimos anos de inverter as reais prioridades da capital baiana, como mostra o baixo investimento na pasta de Reparação, responsável em grande parte pela aplicabilidade do Estatuto Municipal de Promoção da Igualdade Racial e Contra a Intolerância Religiosa, e a redução de R$ 39,043 milhões na pasta da Educação.
Reparação
A vereadora explica que, do orçamento para a Reparação, a maior parte vai para a manutenção da secretaria, enquanto pequenos valores são investidos nas áreas que realmente necessitam de recursos. “Para ações de promoção cidadania LGBT, são destinados R$ 120 mil, combate ao racismo apenas R$ 335 mil, ações de reparação R$ 120 mil e ações de intolerância religiosa R$110.000. Salvador, cidade tão desigual socialmente devido ao racismo, ter esse orçamento, é vergonhoso”, declarou.
A vereadora, que é membro da Comissão de Finanças e Orçamentos da Casa, afirmou que a Prefeitura também vem superestimando valores em LOAs anteriores e não tem alcançado teto da execução orçamentária, contrariando pareceres técnicos do Tribunal de Contas dos Municípios. “Notamos redução do orçamento para mobilidade, para o esporte, para os conselhos tutelares. O orçamento de 2021, comparado ao de 2020, teve uma redução de cerca de 17 milhões”, disse.
Para os conselhos tutelares, acrescenta Marta, o orçamento previsto foi reduzido, mostrando desrespeito da gestão com os profissionais. “Saiu de R$ 900 mil para R$ 300 mil na dotação de requalificação das instalações físicas e operacionais. O orçamento deste ano sequer deu conta das demandas, da melhoria da estrutura física, ano que vem essa realidade fica pior”, destacou.
Fonte: Salvador Noticia
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